segunda-feira, 10 de julho de 2017

Frida Kahlo: 110 anos de uma artista marcada pela dor e o próprio mito

Retrato de Frida Kahlo em hospital pintando, em 1950. EFE/MG/Coleção privada

"Nada é preto, definitivamente nada", escreveu Frida Kahlo em um de seus diários. O equilíbrio entre dor e esperança é uma das chaves para analisar a artista, fonte de interesse inesgotável que, em parte, bebe do mito criado ao seu redor.
Magdalena Carmen Frida Kahlo Calderón nasceu em 6 de julho de 1907 na Casa Azul, no bairro de Coyoacán, mesmo lugar onde faleceu em 1954, deixando cerca de 200 obras, um romance passional e tumultuado com Diego Rivera e a marca de um caráter rebelde que rompeu com as convenções.
Para a acadêmica Eli Bartra, o reconhecimento nacional e internacional de Frida tem uma parte "legítima", mas também outra que responde ao "marketing" e que deixa em segundo plano o valor de sua produção artística. A professora da Universidade Autônoma Metropolitana, autora de "Frida Kahlo - Mujer ideología y arte" (2003), defende que o mito da artista surgiu nos Estados Unidos e na Europa, onde acharam sua figura "muito exótica, impactante e crítica, embora não seja o quesito crítica que interesse a eles".
Frida provocou um grande impacto, mas o mesmo não aconteceu, por exemplo, com María Izquierdo (1902-1955), ainda que, segundo a professora, sua obra possa ser considerada "tão exótica quanto a de Frida e sua vida, tão ou mais triste". Para ela, o nome de Frida passou a ser icônico por uma "conjunção de fatores".
A obra de Frida é marcada pela presença da dor. Ainda pequena, contraiu poliomielite e aos 18 anos a vida deu uma reviravolta, quando o ônibus em que estava colidiu com um bonde. No acidente, fraturou a coluna e vários ossos e ficou de cama por meses. Por puro tédio, conforme ela mesmo dizia, começou a pintar, e deixou de lado a ideia de estudar medicina.
A dor física ficou imortalizada em pinturas como "La columna rota", um autorretrato em que seu tronco aparece dividido em dois para mostrar a coluna quebrada em três partes. Já o sofrimento da alma brota em criações como "La cama volando", onde mostra um dos abortos que teve. Frida nunca conseguiu ter filhos e essa era uma de suas grandes decepções.
De acordo com Eli, fora do México o que chamou a atenção foi a história da "pobre mulher do terceiro mundo que, apesar de tudo, é uma grande artista". Para a professora, essa é a parte mais "nefasta" no mito Frida.
"O marketing, que fez com que tantas obras da pintora estejam em itens como jogos, cadernos e camisetas, se apoderou de sua figura, vida e obra, com o intuito puro e simples de lucrar", afirmou Eli.
Josefina García, uma das diretora do Museu Dolores Olmedo - que possui uma das coleções mais importantes de Frida Kahlo -, defendeu que a soma das dimensões artística e comercial são o que constituem a "riqueza" da figura da artista.
Para ela, uma pessoa pode se aproximar da pintora através dos produtos e da mesma forma ficará "fascinada" por quem foi Frida Kahlo como artista e pessoa.
"Isso é o que dá à ela o valor além do marketing e o que faz com que seja uma artista tão bem-sucedida", justificou.
De acordo com Josefina, Frida conquista tanta admiração entre os visitantes dos museus porque entre eles e ela cria-se um vínculo, graças ao componente autobiográfico de suas pinturas.
"Quando as pessoas vão a uma exposição de Frida, elas conseguem sentir e se identificar com a artista e encontram outro ser humano que teve, como qualquer pessoa, experiências difíceis na vida", argumentou.
Por Isabel Reviejo, da EFE

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