sexta-feira, 28 de abril de 2017

Após oito anos, Funarte retoma Projeto Pixinguinha


No ano em que comemora o 40º aniversário de criação, o Projeto Pixinguinha, cuja última edição foi em 2009, está sendo retomado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte). O novo formato do projeto, concebido para levar músicos brasileiros em turnês pelo país, será apresentado em um show para convidados na noite de hoje (26), no Teatro Dulcina, na Cinelândia, centro do Rio, tendo como principais atrações o cantor Moraes Moreira e o grupo A Cor do Som.
Com a cantora e atriz Zezé Motta como mestre de cerimônias, o espetáculo será aberto pelo jovem grupo baiano Sertanilia, e terá uma apresentação especial de Karen Mesquita e Cícero Gomes, do corpo de primeiros bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que dançam uma coreografia de Reina Sauer para Carinhoso, de Pixinguinha.
Entre os meses de maio e novembro deste ano, 60 cidades das cinco regiões do país receberão, cada uma, um show do projeto. Para a nova versão do Pixinguinha, serão selecionadas 15 duplas de músicos, que apresentarão quatro espetáculos cada uma, em turnê por quatro cidades de uma região determinada.
Um dos principais projetos da história da Funarte, o Pixinguinha é visto hoje, em sua retomada, como uma prioridade do Centro de Música da fundação, vinculada ao Ministério da Cultura. “Nesta nova etapa, priorizaremos cidades do interior, em diversos teatros. Além disso, levaremos um palestrante na equipe das turnês para falar da história da música popular brasileira nas universidades e escolas de música, com intuito de contribuir para a qualificação da formação de plateia”, disse o diretor do Centro de Música da Funarte, Marcos Souza.
História
Criado em 1977, a partir de uma proposta da Sociedade Musical Brasileira (Sombras) encampada pela Funarte, o Projeto Pixinguinha teve desde o início, como marca, promover, em cada show, um encontro musical entre dois ou mais artistas – muitas vezes pertencentes a gerações, estilos musicais ou procedências diferentes. Espetáculos de qualidade a preços acessíveis, abrangendo os diversos estilos e tendências da música popular, garantiram o sucesso do projeto, que também foi responsável pela revelação de diversos talentos locais nas várias regiões por onde passou.
Entre os momentos memoráveis da história do projeto estão os shows das duplas Cartola e João Nogueira, Nara Leão e Dominguinhos, Moreira da Silva e Jards Macalé e Marlene e Gonzaguinha, entre outras. Na longa lista de artistas que se apresentaram ou foram revelados pelo Pixinguinha estão ainda nomes como João Bosco, Djavan, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola, Joyce, Toninho Horta, Leci Brandão, Danilo Caymmi, Guinga, Yamandu Costa, Leila Pinheiro, Jackson do Pandeiro, Edu Lobo, Zizi Possi, Arrigo Barnabé, Vitor Ramil, Itamar Assumpção, Fafá de Belém, Beto Guedes e Canhoto da Paraíba.
O Projeto Pixinguinha ocorreu regularmente de 1977 a 1994. Voltou em 2004 e permaneceu até 2007. Em 2008 recebeu novo formato, que só foi realizado em 2009.
Paulo Virgilio - Repórter da Agência Brasil



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Fachin critica libertação de condenados


Edson Fachin se irritou com a decisão de seus colegas de turma que votaram ontem pela libertação de José Carlos Bumlai, João Claudio Genu e Fernando Moura.
"Saí daqui ontem com vontade de reler o Ibsen, 'Um inimigo do Povo' e a história do doutor Stockmann", disse, em referência à peça do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen que conta a história do médico do interior que passa a ser odiado pela população ao denunciar a contaminação das águas da cidade que vivia do turismo.
Não se sinta isolado, Fachin. Todos os homens e mulheres de bem estão com você.


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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Maioria dos alunos não entrou em universidade por falta de dinheiro, diz estudo


Dificuldades econômicas prejudicam a continuidade dos estudos de alunos brasileiros. Pesquisa feita com estudantes que terminaram o ensino médio mostra que 70% deles não ingressaram em uma faculdade por não ter condições de pagar.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e da Educa Insigths, 23% desistiram por não conseguir uma vaga em universidade pública. Entre os egressos do ensino médio, 52% ainda esperam conseguir entrar para a universidade (62% em até dois anos).
Foram entrevistadas 1,2 mil pessoas nas cidades de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Salvador e Porto Alegre, no período de 3 de fevereiro a 2 de março deste ano.
Escolas
Entre os alunos que ainda estão cursando o ensino médio, 60% dizem que sabem em qual área pretendem atuar.
Eles consideram a faculdade importante (94%), acreditam ser o caminho natural após a conclusão do ensino médio (70%) e acham que é a entrada paralela no mercado de trabalho (40%). Segundo a pesquisa, os estudantes têm preferência por cursos de bacharelado (76%). O curso técnico é escolha de somente 12% dos entrevistados.
Entre esses jovens, 62% adiariam os planos se não tivessem dinheiro para pagar a faculdade e 44% o fariam se não conseguissem entrar em uma instituição pública.
O estudo também mostrou que 31% dos jovens trabalham enquanto cursam o ensino médio – 72% deles querem ter independência financeira e 23% trabalham para complementar a renda familiar. A maioria dos entrevistados (56%) considera o estudo mais importante do que o trabalho nessa fase da vida. Cerca de 24% já tiveram de dar uma pausa nos estudos em algum momento, seja por ter conseguido um emprego (35%) ou por conta do baixo desempenho e da repetência (27%). 
Pais influenciam
As entrevistas revelaram que os pais são grandes influenciadores dos filhos no processo de decisão e que consideram o ensino superior o caminho natural logo após o ensino médio (78%). Entre os entrevistados, 98% acham importante que o filho entre na faculdade no futuro, para conseguir um bom emprego (67%). Entre os pais que não veem a entrada imediata do filho no ensino superior, 71% antecipariam a decisão se o filho obtivesse bolsa ou financiamento estudantil. Já 62% adiaram os planos de ensino superior caso o filho não passasse em uma instituição pública.
Carreiras tradicionais
As carreiras tradicionais continuam tendo a preferência dos estudantes que ainda estão no ensino médio. O curso de direito lidera o ranking, com 7%, seguido de engenharia (6%), medicina (6%), administração (5%) e psicologia (3%).
Por Ludmilla Souza, da Agência Brasil




 Conforme o momento histórico, Shakespeare foi construindo nuvens com peças dotadas de diferentes características, propriedades específicas para cada fase de sua produção literária. “Medida por Medida” e “Bem está o que bem acaba” integram o que se convencionou denominar “comédias sombrias”, peças onde tensão e situações cômicas as categorizam em desacordo com outras comédias do dramaturgo como “A comédia dos erros”, “As alegres comadres de Windsor” e “Sonho de uma noite de verão”. E a explicação é singela: foram elaboradas no mesmo período em que o autor escreveu Hamlet e Otelo, grandes obras da literatura universal que elevam a tragédia ao ápice do gênero teatral. 

Na peça “Medida por Medida”, com inusitada habilidade, Shakespeare discute administração pública, direito e corrupção de maneira magistral. 

O universo da administração pública adotado na peça é largo e profundo. Entrelaçados às cenas emergem assuntos como

- o autoritarismo oriundo do poder divino do rei, as prerrogativas do monarca e a antecipação do liberalismo;
- a descentralização administrativa;
- o abuso do poder na administração pública;
- os limites da delegação de competência;
- accountability, fiscalização e controle;

Quanto ao direito, lança um forte debate sobre quesitos por demais importantes para a humanidade: 

- a aplicabilidade das leis mesmo quando se apresentam fora de uso por um longo tempo, gerando disfunções de toda ordem;
- a execução da pena quando esta resulta de uma lei extremamente dura;
- a discricionariedade do juiz na aplicação da lei, a subjetividade do magistrado e a fragilidade dos paradigmas que orientam o sistema de decisões no judiciário;
- a distribuição da justiça.

Especial enfoque o Bardo dá ao tema da corrupção, mostrando:

- a moral e a ética corroídas pelos interesses pessoais e pelo tráfico de influência;
- a força do poder para alterar o caráter dos administradores.

Neste aspecto Shakespeare nos faz refletir sobre a utilização do Estado enquanto instrumento de satisfação dos interesses pessoais.

E todo este universo é entrecortado por discussões sobre o amor e o ódio, a moral e o imoral, o sexo e a abstinência, a clausura e a liberdade, a prisão e a salvação, a vida e a morte.

O presente livro, além de disponibilizar a versão original de “Medida por medida” de Shakespeare, apresenta um conjunto de ensaios contextualizando a peça teatral às questões que incendeiam os panoramas contemporâneos brasileiro e latino-americano como corrupção, estado e administração pública; controle e accountability; direito e administração da justiça. 

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Quando o esforço de toda a sociedade é utilizado para beneficiar apaniguados




Relatório indica favorecimento do BNDES à JBS
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) implica oito ex-diretores do BNDES, entre eles o ex-presidente da instituição, Luciano Coutinho, por suposto favorecimento à JBS S/A, dona da marca Friboi, na compra do frigorífico americano Swift Foods, em 2007. Conforme relatório técnico da corte, ao qual o 'Estado' teve acesso, os executivos teriam cometido irregularidades na aprovação de um aporte de US$ 750 milhões (R$ 2,3 bilhões, em valores atuais) para a aquisição da empresa estrangeira.
O investimento foi uma das operações do BNDESPar - braço do BNDES para a compra de participação em empresas -, feitas para capitalizar a JBS, dando apoio a seu crescimento e internacionalização. Com o investimento, o banco público passou a ser sócio do grupo brasileiro. A estratégia foi amplamente adotada nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, com vistas à criação de 'campeões nacionais' em alguns setores da economia.
Para viabilizar a aquisição da Swift, o grupo brasileiro solicitou em maio de 2007 apoio de cerca de US$ 600 milhões do BNDESPar, mediante subscrição de ações. Em junho, após uma análise feita pelo banco, o valor do aporte aumentou para US$ 750 milhões. Com a incorporação da gigante americana, a JBS se tornou à época a terceira maior empresa de carne bovina dos EUA.
A auditoria do TCU diz que os atos dos então dirigentes do BNDES atentaram contra regras do próprio banco e 'os princípios constitucionais da moralidade, da impessoalidade e da eficiência'. Foi constatado que o BNDESPar pagou ágio de R$ 0,50 para cada uma das cerca de 139 milhões de ações, o que resultou em prejuízo de R$ 69,7 milhões. De acordo com o documento, não cabia o pagamento do prêmio, pois não havia 'quaisquer razões de cunho mercadológico' que justificassem 'oferecer valor maior que o preço justo' para a transação.
Os auditores propõem aos ministros da Corte a abertura de uma tomada de contas especial para aprofundar a investigação sobre essas perdas e cobrar eventual ressarcimento. Além dos oito ex-diretores, 11 servidores do BNDES, que participaram do negócio, são apontados como responsáveis.
O relatório diz que Coutinho e os demais diretores aprovaram o aporte por unanimidade, 'sem justificativa plausível' para aumentar o valor inicial solicitado pela empresa. Além disso, sustenta que os executivos acataram, 'sem embasamento em documentação apropriada e em avaliações econômicofinanceiras', estimativas de custos acessórios da operação que montavam a 10% do valor do aumento de capital proposto pela empresa brasileira.
O resultado, diz a auditoria, foi a realização de investimento 'em valor não comprovadamente necessário para a operação, beneficiando a JBS , que passou a dispor de, pelo menos, US$ 235 milhões em caixa para utilizar como bem lhe conviesse'. O relatório foi submetido ao relator do processo no TCU, Augusto Sherman, que pautou o caso para julgamento hoje.
Outro lado.
Procurado, o BNDES informou que só vai se pronunciar após a reunião do plenário do TCU, prevista para hoje. Em nota, o banco explicou que os diretores de Controladoria, Ricardo Baldin, Jurídico, Marcelo de Siqueira Freitas, e da Área de Mercado de Capitais, Eliane Lustosa, passaram o dia de ontem em reuniões com ministros do TCU e suas equipes para 'esclarecer dúvidas' sobre a compra da Swift pela JBS, e sobre o funcionamento da área de mercado de capitais do banco, a BNDESPar.
O ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho disse, em nota, ter recebido 'com surpresa' as informações do Estado sobre o caso. Ele disse que não teve acesso ao processo, que corre em sigilo. Disse também que não lhe foi solicitado, ou a qualquer dos outros citados, 'qualquer tipo de esclarecimento pelo TCU a respeito do caso'.
Coutinho sustentou que a operação 'foi realizada dentro da mais absoluta regularidade, tendo sido analisada em todas as instâncias pelas equipes técnicas do BNDES'. `Todas as regras e procedimentos usuais da instituição foram observadas, sem nenhum tipo de favorecimento à JBS. Também não cabe falar em prejuízo, porque a operação foi lucrativa para a BNDESPar', argumentou.
A JBS, em nota, disse que o TCU, 'no desempenho de seu papel de órgão fiscalizador', está auditando o BNDES, e não a empresa. 'Ainda assim, a companhia sempre deixou claro a seus acionistas e ao mercado em geral que todos os atos societários advindos dos investimentos do BNDES Par foram praticados de acordo com a legislação do mercado de capitais brasileiro, são públicos e estão disponíveis no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no site de relações com investidores da JBS.'
'Vale ainda ressaltar', prossegue a nota, 'que a JBS já era uma companhia de capital aberto, com ações negociadas na Bovespa, e todos os investimentos do BNDESPar na JBS ocorreram a valores de mercado, dentro do crivo da CVM e em consonância com a legislação vigente.
PARA LEMBRAR
Histórico de aquisições
A compra da Swift americana, em 2007, por US$ 1,4 bilhão (valores da época) transformou definitivamente a JBS em uma empresa global, ao se tornar, naquele momento, a terceira maior do setor de carnes nos Estados Unidos.
Também assumia a posição de número um no mercado australiano. O grupo brasileiro, porém, não parou aí. Depois da Swift, adquiriu nos Estados Unidos a Smithfield Beef, por mais de US$ 500 milhões, consolidando sua posição no setor de carne bovina no mercado americano. Outra grande tacada nos EUA foi a compra da Pilgrim's Pride, uma das maiores processadoras de aves do país, em 2009. Com todas essas aquisições, que sempre contaram com o apoio do BNDES, o JBS se firmou como o maior grupo do setor de proteína animal do mundo.

Por Fábio Fabrini, em O Estado de S. Paulo

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Nikolai Gogol: O inspetor geral.



livro contém o texto original de Nicolai Gogol, a peça teatral “O inspetor Geral”. E mais um ensaio e 20 artigos discorrendo sobre a realidade brasileira à luz da magnífica obra literária do grande escritor russo. Dessa forma, a Constituição brasileira, os princípios da administração, as referências conceituais da accountability pública, da fiscalização e do controle - conteúdos que embasam a política e o exercício da cidadania – atuam como substrato para o defrontar entre o Brasil atual e a Rússia dos idos de 1.800.

Desbravar a alma humana através de Gogol é enveredar por uma aventura extraordinária, navegar por universos paralelos, descobrir mundos mantidos em planos ocultos, acobertados por interesses nem sempre aceitáveis.

A cada diálogo, a cada cena e ato, a graça e o humor vão embalando uma tragédia social bastante familiar a povos de diferentes culturas, atravessando a história com plena indiferença ao tempo.

O teatro exerce este fascínio de alinhavar os diferentes universos: o cáustico, o bárbaro, o inculto que assaltam a realidade, que obliteram o dia a dia; e o lúdico, o onírico, o utópico-fantástico que habitam o imaginário popular.

O inspetor geral” é um clássico da literatura universal. Neste contexto, qualquer esforço ou tentativa de explicá-lo seria tarefa das mais frívolas e inócuas. E a razão é simples, frugal: nos dizeres de Rodoux Faugh “os clássicos se sustentam ao longo dos tempos porque revestem-se da misteriosa qualidade de explicar o comportamento humano e, ao deslindar a conduta, as idiossincrasias e o caráter da espécie, culminam por desvendar a própria alma da sociedade”.

Esta é a razão deste livro não aspirar à crítica literária, à análise estilística e, sim, possibilitar que o leitor estabeleça relações de causa e efeito sobre os fatos e realidade que assolavam o Império Russo de 1.800 com os que amarguram e asfixiam o Brasil dos limiares do século XXI.

Do início ao final da peça teatral, as similaridades com o Brasil atual inquietam, perturbam, assustam... Caracteriza a literatura clássica o distanciamento da efemeridade, o olhar de soslaio para com o passadiço pois que se incrusta nos marcos da perenidade. Daí a dramaturgia de Nicolai Gogol manter-se plena de beleza, harmonia, plástica, humor e atualidade.

Nesta expedição histórica, a literatura de um dos maiores escritores russos enfoca uma questão que devasta a humanidade desde os seus primórdios, finca âncoras no presente e avança, insaciavelmente, sobre o futuro. O dramaturgo, com maestria, mergulha nas profundezas do caráter humano tratando a corrupção, não como uma característica estanque, intrínseca exclusivamente à esfera individual, mas como uma chaga exposta que se alastrou para deteriorar todas as construções sociais, corroer as instituições e derrocar as organizações humanas.

É o mesmo contexto que compartilham Luís Vaz de Camões e Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Leon Tolstoi, Thomas Mann e Machado de Assis.

Mergulhar neste mundo auspicioso e dele extrair abordagens impregnadas de accountability pública é o desafio estabelecido. É para esta jornada que o leitor é convidado de honra.

O livro integra a Coleção Quasar K+:
Livro 1: Quasar K+ Planejamento Estratégico;
Livro 2: Shakespeare: Medida por medida. Ensaios sobre corrupção, administração pública e administração da justiça;
Livro 3: Nikolai Gogol: O inspetor geral. Accountability pública; Fiscalização e controle;
Livro 4: Liebe und Hass: nicht vergessen Aylan Kurdi. A visão de futuro, a missão, as políticas e as estratégias; os objetivos e as metas.


Para saber mais sobre o livro "Nikolai Gogol: O inspetor geral - Accountability pública; Fiscalização e controle", clique aqui.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Vendem-se partidos


Odebrecht pagou R$ 25 milhões pela montagem da coligação de partidos que favoreceu Dilma com o maior tempo de propaganda eleitoral na televisão
Atravessou a portaria da empresa em São Paulo, no 11 de junho de 2014, quarta-feira animada pela abertura da Copa, dali a 48 horas, no Estádio de Itaquera — monumento de R$ 1,2 bilhão que o empreiteiro Emílio Odebrecht define como “presente” ao ex-presidente Lula.
Edson Antônio Edinho da Silva — como assina — foi recebido pelo herdeiro da companhia, Marcelo, e um dos diretores, Alexandrino Alencar. O tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff coletava dinheiro para a continuidade do PT no poder. Odebrecht pagava para ter acesso a negócios e ao crédito público.
Marcelo já recebera nomes e valores de Guido Mantega, ministro da Fazenda. Anotara-os num rascunho (“Notas p/GM”), abaixo da lista de pendências de R$ 11,7 bilhões do governo que levou para cobrar do ministro, dias antes. “Necessidade de fôlego financeiro (inclusive Arena SP e Olimpíadas)”, escrevera no alto. Era uma lista de queixas que terminava com duas frases manuscritas, entremeadas por um palavrão: “Só nos fudeu. Nada dá positivo.”
Depois da reunião, o ministro insistiu, por telefone: “Estava indo para casa, passando pela Avenida Morumbi, e recebi uma ligação do Guido falando ‘Marcelo, você já fez aqueles…?’. Eu falei: ‘não dá ainda, você acabou de me pedir’” — contou aos procuradores.
O tesoureiro de Dilma ali confirmava a compra de partidos. Na véspera, o PMDB decidira compor a chapa, em troca da vice para Michel Temer. Representava um aumento significativo (36,3%) no tempo de propaganda Dilma na televisão.
O PT queria mais. Mantega pediu R$ 57 milhões para os “partidos da base”. Marcelo negociou para R$ 25 milhões. O tesoureiro “pediu diretamente a Marcelo que pagássemos para que os líderes dos partidos PROS, PRB, PCdoB, PDT e PP formassem a chapa ‘Com a Força do Povo’, de Dilma/Temer” — relatou Alexandrino Alencar.
Era uma decisão do comitê eleitoral do PT, acrescentou: “Todos do comitê, formado por João Santana, Rui Falcão, Gilles Azevedo, pelo então ministro Aloizio Mercadante e Dilma, além de Edinho Silva, sabiam que a coligação “Com a Força do Povo” ocorria em razão da propina paga pela companhia”.
Edinho da Silva listou os pagamentos, deixando o PP de fora: no PCdoB, R$ 7 milhões a Fábio Torkaski, ex-assessor de Mantega; no PRB, R$ 7 milhões ao pastor Marcos Pereira, hoje ministro da Indústria; no Pros, R$ 7 milhões a Eurípedes Júnior e Salvador Zimbaldi; e, no PDT, R$ 4 milhões a Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho de Lula e Dilma.
Os R$ 25 milhões compravam um adicional de 30% no tempo de televisão. Dilma ficava com um total de 11 minutos e 24 segundos, mais que o dobro do adversário do PSDB.
Os dirigentes do PCdoB, PDT, Pros e PRB venderam por R$ 125 mil, na média, cada segundo do tempo de TV dos seus partidos. Lucraram com apropriação indébita de um bem público, o horário eleitoral, gratuito para os partidos, mas custeado pelo povo, via compensações tributárias às emissoras.
Para a procuradoria, dirigentes partidários são agentes públicos. Por isso, investiga os envolvidos por crime de peculato. O dicionário explica: “Desvio de verba, no furto, na apropriação de bens e de dinheiro; normalmente, realizado por um funcionário público, valendo-se da confiança pública e, sobretudo, utilizando aquilo que furta em benefício próprio”.
Por José Casado, em O Globo

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Línguas indígenas devem ter espaço em todos os níveis de ensino, diz professora


A necessidade do ensino das línguas indígenas em todos os níveis da formação educacional é um dos alertas feitos pela linguista Bruna Franchetto, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo a autora do artigo Línguas Silenciadas, Novas Línguas, publicado no livro Povos Indígenas no Brasil 2011-2016, devem existir, no Brasil, em graus variados de vitalidade, em torno de 160 línguas indígenas, distribuídas em 40 famílias, duas macrofamílias (troncos) e uma dezena de línguas isoladas. “As línguas indígenas, todas ameaçadas, enfraquecidas, devem ter seu lugar, sua voz, em todos os níveis de ensino.”
Os dados sobre o número de línguas indígenas existentes hoje no Brasil não são exatos. Linguistas ligados ao Museu Paraense Emílio Goeldi apontam a existência de 150. Uma pesquisa elaborada pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), divulgada em março do ano passado, diz que restam hoje 181 línguas, das quais 115 faladas por menos de mil pessoas. Esse número também é o considerado pelo Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília (UnB), com base nas projeções do linguista Aryon Dall’lagna Rodrigues (1925-2014).
A estimativa mais generosa aparece no Censo de 2010, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta a existência de 274 línguas faladas por 305 povos indígenas.
Há ainda comunidades que se apropriam de uma língua, seja com vizinhos falantes de variedade ou língua aparentada (geneticamente e/ou historicamente), seja por meio da recriação de uma engenharia sociolinguística, por exemplo, o Patxohã, a língua dos guerreiros Pataxós.
Para a professora Ana Suelly Arruda Câmara Cabral, responsável pelo Laboratório de Línguas da UnB, uma língua morta é irrecuperável, mesmo quando há um trabalho de registro e documentação. Ela afirma, no entanto, que é possível criar uma língua a partir dos dados. “Mesmo que você tenha filmes, situações cotidianas de fala, que tenha muitos textos escritos, vocabulário, como é que vai ressuscitar uma língua? Você pode criar uma nova língua a partir desses dados se a comunidade assim desejar.”
No caso de uma língua em desaparecimento, mesmo na impossibilidade de revitalizar essa língua em sua totalidade, Ana Cabral destaca a necessidade de o conhecimento ser trabalhado pela comunidade. É possível trazer esse conhecimento para dentro de uma comunidade, mesmo que esta não consiga reconstituir uma língua, diz a professora. "Mas é importante que a comunidade reconheça aquelas palavras. Isso é forte para a identidade desses povos.”
Por Leandro Melito, da Agência Brasil


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Evento reúne 3 mil pessoas em Brasília e discute ameaça aos direitos indígenas


Lideranças do movimento indígena esperam reunir cerca de 3 mil índios em Brasília, por ocasião do Acampamento Terra Livre, evento anual que vai até sexta-feira (28), na Esplanada dos Ministérios.
Concentrados a apenas 2 quilômetros da Praça dos Três Poderes, os participantes acreditam que esta será a “maior mobilização indígena dos últimos anos”. A expectativa inicial era reunir em torno de 1,5 mil índios de todo o país. No entanto, segundo os organizadores, o atual quadro de “ameaças e violações aos direitos constitucionais dos povos indígenas” promete mobilizar mais que o dobro de participantes.
“Na atual conjuntura política, nossos direitos estão sendo mais ameaçados que nunca. Este é o momento de nos unirmos para refletir sobre a situação e cobrar a retomada da demarcação das nossas terras e o fim da perseguição e criminalização das lideranças indígenas”, declarou Nara Baré, da coordenação executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), enquanto os primeiros grupos de participantes e voluntários se organizavam para montar as barracas de camping e tendas onde passarão os próximos dias.
Para custear as passagens ou ajudar com outras despesas, vários indígenas aproveitam o amplo espaço ao lado do Teatro Nacional para vender peças artesanais.
Denúncia
No início do mês, mais de 30 organizações indígenas e indigenistas denunciaram ao Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) que os últimos meses foram marcados por “sinais preocupantes” de retrocesso no cumprimento dos direitos indígenas.
Em carta enviada à relatora especial da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, as entidades criticaram propostas legislativas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere do Poder Executivo para o Legislativo a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas; a tentativa de criminalização de líderes indígenas e de organizações que os apoiam, como, por exemplo, o Conselho Indigenista Missionário – Cimi, alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito criada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, e o que classificam de “desmantelamento das políticas públicas voltadas à população indígena”.
À Agência Brasil, Nara citou a homologação de territórios tradicionais indígenas já identificados e reconhecidos, além da demarcação das terras em processo de reconhecimento e mais investimentos para a promoção da saúde e da educação indígenas como pontos comuns das reivindicações trazidas por comunidades de todo o país para serem discutidas no acampamento.
“Nossos territórios estão sendo ameaçados por grandes empreendimentos. Nossas crianças continuam morrendo por todo o país porque a saúde pública é caótica, conforme os não indígenas sabem. E não é por falta de dinheiro. Se os recursos existentes fossem aplicados, não haveria o caso nas cidades, nem tantas mortes nas comunidades indígenas”, acrescentou Nara, moradora de São Gabriel da Cachoeira (AM).
Atos públicos
Além de debates, reuniões com autoridades e atividades culturais, os organizadores do Acampamento Terra Livre anunciaram uma série de atos públicos e protestos para criticar o que classificam de descaso do Poder Público.
“Não vamos permitir mais nenhum retrocesso em relação aos nossos direitos. Não queremos empatar o progresso, nem somos um empecilho ao desenvolvimento, mas, se a situação é difícil para a população em geral, é ainda mais para os povos indígenas, que também sofrem com os efeitos da corrupção e das disputas entre aqueles que, em vez de agir em prol dos cidadãos, usam a lei a seu favor para se blindar com o poder”, declarou Nara.
Um dos representantes dos mais de 8 mil membros dos 13 povos indígenas espalhados por Santarém, Belterra e Aveiro, no Baixo Tapajós, no Pará, o líder Munduruku Cara Preta Antônio Pereira, também citou a “violação dos direitos constitucionais” e a “ofensiva contra os direitos indígenas”, ao explicar a importância do acampamento deste ano, cujo lema é: “Unificar as lutas em defesa do Brasil indígena. Pela garantia dos direitos originários de nossos povos;”
“No Baixo Tapajós e em outras regiões, os povos indígenas têm que proteger seus territórios do avanço dos plantadores de soja, dos madeireiros, do agrotóxico lançado em plantações ao redor dos territórios tradicionais, da pesca ilegal… Há muitos problemas para resolver, e estamos lutando para barrar tudo isso, mas não temos recebido o devido apoio dos governos”, afirmou Pereira, que viajou a Brasília com cerca de 50 índios da sua região.
“É difícil, para nós, virs até aqui, mas é importante nos reunirmos com lideranças de todo o país, para conhecer as demandas e a luta dos outros povos indígenas. Lamentamos que nem todas as lideranças das aldeias mais afastadas possam estar presentes”, disse Pereira.

Por Alex Rodrigues, da Agência Brasil

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terça-feira, 25 de abril de 2017

Quem sabota a Lava Jato


O Estadão, em editorial, diz que a Lava Jato está sendo sabotada por gente do próprio MPF:
“Quem quiser identificar um foco de sabotagem contra a continuidade das investigações da Lava Jato, que estão sendo conduzidas pela força-tarefa da PGR, não precisa ir muito longe. Basta olhar para o próprio MPF.
Numa proposta que não deixa margem a dúvidas quanto às verdadeiras intenções de sua autora, a subprocuradora-geral da República Raquel Elias Dodge apresentou ao Conselho Superior da instituição um projeto de resolução que obriga o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ter de mudar a equipe que o assessora no momento em que a Lava Jato se encontra numa de suas fases mais importantes”.
Recentemente, a Folha de S. Paulo disse que Raquel Dodge “é vista por assessores de Michel Temer como próxima a José Sarney (…) e a Tereza Uille, que foi indicada pelo ministro do STF Gilmar Mendes a uma vaga no CNJ”.

Mais antiga escola de dança clássica do país comemora 90 anos


A mais antiga instituição brasileira dedicada ao ensino da dança e à formação de bailarinos clássicos está completando este mês 90 anos. Fundada em abril de 1927, a Escola de Dança Maria Olenewa, mantida pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro, equipamento cultural da Secretaria Estadual de Cultura, leva o nome da bailarina russa que a criou, com o objetivo de possibilitar a futura organização de um corpo de baile para atuar nas temporadas líricas do teatro inaugurado em 1909, evitando a constante contratação de profissionais no exterior.
O aniversário está sendo celebrado na noite de hoje (13) com um espetáculo do qual participam alunos da escola, sob a direção de cena de Helio Bejani, que também está à frente da instituição. Integram o repertório os balés Degas em Movimento, inspirado na obra do artista plástico francês Edgar Degas (1834-1917), um dos mestres do impressionismo e que retratou bailarinas em seus quadros e esculturas, e a suíte de Coppélia, baseado em conto fantástico de autoria do escritor alemão E.T.A. Hoffmann (1776-1822) e primeiro balé clássico a incluir danças folclóricas, com czardas, mazurcas e polcas.
“Na verdade, a escola é que deu origem ao Ballet do Theatro Municipal. A partir da escola fundada por Olenewa é que se formou o corpo de baile”, disse Bejani, ex-primeiro bailarino do Municipal. A criação do que é hoje um dos três corpos artísticos do Municipal – os outros são a Orquestra Sinfônica e o Coro – se deu em 1936, com alunos oriundos da escola.
Nascida em 1896 em Moscou, Maria Olenewa já tinha sido diretora da Escola de Dança do Teatro Colón de Buenos Aires, antes de se radicar no Rio em 1926. Ela permaneceu à frente da escola até 1943, quando se transferiu para São Paulo, onde criou a Escola de Bailados do Theatro Municipal da capital paulista, cidade onde faleceu, em 1965.
Instalada no prédio anexo ao Municipal, a Escola Maria Olenewa oferece curso profissionalizante com aulas de balé clássico, danças características, balé contemporâneo, história da arte, história da dança, educação musical, comportamento e atitude profissional, entre outras disciplinas. “A criança pode ingressar na escola aos 8 ou 9 anos, mesmo sem experiência nenhuma em dança. Ela passa por um teste de aptidão e rendimento físico. São nove anos de curso, os seis primeiros são preliminares e os três últimos têm o caráter de ensino técnico. Para receber o diploma, no entanto, o aluno tem que estar cursando, paralelamente, uma escola regular”, explicou Bejani.
Ao longo de sua existência a instituição tem sido responsável pela formação dos mais importantes nomes brasileiros que atuam como bailarinos, coreógrafos, maitres, professores e ensaiadores no Brasil e no exterior. “Três dos atuais primeiros bailarinos do Theatro Municipal, Claudia Mota, Marcia Jacqueline e Cícero Gomes são ex-alunos da escola. Temos ex-alunos em várias companhias de balé de todo o mundo. Um exemplo é Roberta Marquez, primeira bailarina do Royal Ballet de Londres”, disse o diretor da Escola Maria Olenewa.
Por Paulo Virgilio, da Agência Brasil

Nikolai Gogol: O inspetor geral.



livro contém o texto original de Nicolai Gogol, a peça teatral “O inspetor Geral”. E mais um ensaio e 20 artigos discorrendo sobre a realidade brasileira à luz da magnífica obra literária do grande escritor russo. Dessa forma, a Constituição brasileira, os princípios da administração, as referências conceituais da accountability pública, da fiscalização e do controle - conteúdos que embasam a política e o exercício da cidadania – atuam como substrato para o defrontar entre o Brasil atual e a Rússia dos idos de 1.800.

Desbravar a alma humana através de Gogol é enveredar por uma aventura extraordinária, navegar por universos paralelos, descobrir mundos mantidos em planos ocultos, acobertados por interesses nem sempre aceitáveis.

A cada diálogo, a cada cena e ato, a graça e o humor vão embalando uma tragédia social bastante familiar a povos de diferentes culturas, atravessando a história com plena indiferença ao tempo.

O teatro exerce este fascínio de alinhavar os diferentes universos: o cáustico, o bárbaro, o inculto que assaltam a realidade, que obliteram o dia a dia; e o lúdico, o onírico, o utópico-fantástico que habitam o imaginário popular.

O inspetor geral” é um clássico da literatura universal. Neste contexto, qualquer esforço ou tentativa de explicá-lo seria tarefa das mais frívolas e inócuas. E a razão é simples, frugal: nos dizeres de Rodoux Faugh “os clássicos se sustentam ao longo dos tempos porque revestem-se da misteriosa qualidade de explicar o comportamento humano e, ao deslindar a conduta, as idiossincrasias e o caráter da espécie, culminam por desvendar a própria alma da sociedade”.

Esta é a razão deste livro não aspirar à crítica literária, à análise estilística e, sim, possibilitar que o leitor estabeleça relações de causa e efeito sobre os fatos e realidade que assolavam o Império Russo de 1.800 com os que amarguram e asfixiam o Brasil dos limiares do século XXI.

Do início ao final da peça teatral, as similaridades com o Brasil atual inquietam, perturbam, assustam... Caracteriza a literatura clássica o distanciamento da efemeridade, o olhar de soslaio para com o passadiço pois que se incrusta nos marcos da perenidade. Daí a dramaturgia de Nicolai Gogol manter-se plena de beleza, harmonia, plástica, humor e atualidade.

Nesta expedição histórica, a literatura de um dos maiores escritores russos enfoca uma questão que devasta a humanidade desde os seus primórdios, finca âncoras no presente e avança, insaciavelmente, sobre o futuro. O dramaturgo, com maestria, mergulha nas profundezas do caráter humano tratando a corrupção, não como uma característica estanque, intrínseca exclusivamente à esfera individual, mas como uma chaga exposta que se alastrou para deteriorar todas as construções sociais, corroer as instituições e derrocar as organizações humanas.

É o mesmo contexto que compartilham Luís Vaz de Camões e Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Leon Tolstoi, Thomas Mann e Machado de Assis.

Mergulhar neste mundo auspicioso e dele extrair abordagens impregnadas de accountability pública é o desafio estabelecido. É para esta jornada que o leitor é convidado de honra.

O livro integra a Coleção Quasar K+:
Livro 1: Quasar K+ Planejamento Estratégico;
Livro 2: Shakespeare: Medida por medida. Ensaios sobre corrupção, administração pública e administração da justiça;
Livro 3: Nikolai Gogol: O inspetor geral. Accountability pública; Fiscalização e controle;
Livro 4: Liebe und Hass: nicht vergessen Aylan Kurdi. A visão de futuro, a missão, as políticas e as estratégias; os objetivos e as metas.


Para saber mais sobre o livro "Nikolai Gogol: O inspetor geral - Accountability pública; Fiscalização e controle", clique aqui.